domingo, 14 de setembro de 2008

Brasil

A industrialização brasileira

Industrialização brasileira

A partir do século XIX começou a industrialização no Brasil. Esse foi o período de abolição da escravatura, trazendo assim uma grande expansão da relação assalariada. Antes disso havia no máximo algumas indústrias isoladas, muito artesanato e algum crescimento manufatureiro, mas nunca uma industrialização. Isso porque a própria existência do trabalho escravo, que era o sustentáculo da economia, impedia o arranque industrial de várias formas. Em primeiro lugar, a escravidão dificultava a modernização tecnológica do trabalho, a aquisição de máquinas, pois a compra de escravos já era um investimento alto e feito a vista, antes mesmo que eles começassem a trabalhar; além disso, a evolução tecnológica pressupõe uma especialização do trabalhador, e não convinha aos proprietários educar e especializar seus escravos. Depois, o trabalhador escravo não constitui um mercado consumidor já que não tem dinheiro e vive do que o dono lhe fornece, normalmente o indispensável para sobreviver e trabalhar, fato que não ocorre com os assalariados, pois podem adquirir livremente produtos com seu rendimento. E, ademais, os gastos com vigilância - para impedir fugas, apreender os amotinados ou vigiar a execução correta do trabalho - são mais elevados na escravidão, o que é mais um elemento para barrar a inovação tecnológica.
Os salários e a liberdade de comprar o que quiserem (desde que os preços sejam compatíveis com seu orçamento) fazem dos proletários uma parcela de consumidores de bens industrializados, e essa é uma das condições indispensáveis ao processo de industrialização.(o consumidor).
Outro fator importante para o surto da industrialização brasileira foi a imigração. Os imigrantes foram os primeiros trabalhadores assalariados no Brasil, os primeiros operários na indústria nascente, e aumentaram o mercado consumidor do país, pois já tinham o hábito de adquirir bens manufaturados nos seus países de origem.
A lavoura cafeeira era, na época, o produto-rei de nossa economia, por isso foi a partir dela que se originaram os capitais inicialmente aplicados na indústria. Mas, para que esses fazendeiros ou comerciantes resolvessem investir em industrias ao invés de aplicar seu capital na lavoura cafeeira, que ainda dava muito lucro, tinha que haver condições favoráveis para os mesmos.
Essas condições surgiram com as crises nas exportações do café e com o crescimento do mercado consumidor de bens industrializados.
De fato, foi nos momentos de crise, como a Primeira Guerra Mundial, a crise econômica de 1929 e a Segunda Guerra Mundial que o processo de industrialização do Brasil teve seus períodos de maior impulso.
Como agora esses fazendeiros e comerciantes não tinham mais o café como algo muito lucrativo, eles começaram a investir seus capitais nas industrias. Foi assim crescendo até chegar em uma verdadeira industrialização.
Temos hoje várias industrias brasileiras muito importantes para nossa economia.Tais como: TAM, CEMIG, PETROBRAS, CORREIOS, GERDAU, COCA COLA, LEONI, ETC.
Temos também as multinacionais no Brasil. Por um lado é vantajoso, pois essas multinacionais proporcionam mais empregos ao nosso país, e investem na área social do mesmo. Por outro lado, temos uma grande desvantagem, pois o maior lucro vai para o exterior, e além disso muitas vezes é como se usássemos o termo: “estamos fazendo propaganda de graça”, e muitas vezes essas indústrias(marcas) ficam mais conhecidas e mais valorizadas que as nossas.

TEÓFILO OTONI
SETEMBRO/2008

Dalila, Filipe, Victor

Quais foram os investimentos para as nossas indústrias e de onde vieram

Indústria de Fundição prevê crescimento de 3,5% em 2007
26/09/2007 Considerado um setor estratégico para a economia nacional, a indústria brasileira de fundição, cujo maior cliente é a indústria automotiva que absorve 53% da produção, tem sentido reflexos da política cambial, tanto no mercado interno, quanto no externo. Um exemplo disso foi o desempenho registrado nos primeiros seis meses deste ano que apontaram vendas praticamente estagnadas. “O primeiro semestre quebrou uma seqüência média de crescimento de quase quatro vezes o PIB e praticamente não avançamos em volume de vendas”, informa o presidente da Associação Brasileira de Fundição (Abifa), Devanir Brichesi. Mesmo com esse resultado, a entidade que congrega o setor prevê um crescimento de 3,5% comparado ao ano anterior. “A questão do câmbio é um dos fatores que mais nos prejudicam, pois além de perdermos em exportações, isso acaba permitindo que nosso cliente compre no exterior o fundido e/ou subconjuntos montados que até então eram produzidos por nós. Outro fator crític

Tipos de Indústrias temos no país

Indústria aeroespacial
Indústria aeronáutica
Indústria agroquímica
Indústria agro-alimentar /indústria alimentícia
Indústria alimentar
Indústria automobilística / indústria automóvel
Indústria bancária
Indústria cerâmica
Indústria cinematográfica
Indústria corticeira
Indústria da construção civil Indústria da moda
Indústria de abrasivos
Indústria de bebidas Indústria de curtumes
Indústria de iluminação
Indústria de laticínios
Indústria de maquinaria
Indústria de moldes
Indústria de refrigeração
Indústria de Software
Indústria de tintas
Indústria de transformação
Indústria do calçado
Indústria do café / indústria cafeeira
Indústria do Turismo
Indústria de refinação
Indústria discográfica
Indústria elétrica
Indústria eletro-eletrônica
Indústria energética / indústria da energia
Indústria extractiva
Indústria façonista
Indústria farmacêutica / indústria farmoquímica
Indústria ferroviária
Indústria geral
Indústria gráfica
Indústria hoteleira
Indústria madeireira
Indústria metalomecânica
Indústria metalúrgica
Indústria mineira
Indústria moveleira / indústria de móveis
Indústria náutica / indústria naval
Indústria papeleira
Indústria paraquímica
Indústria petroquímica
Indústria pesada
Indústria química
Indústria tabaqueira
Indústria térmica
Indústria têxtil
Indústria de fiação
Indústria de tecelagem
Indústria de malharia
Indústria vidreira / Indústria do vidro Indústria vinícola

Quando e qual a realidade iniciou a industrialização?

O processo de expansão industrial no Brasil foi intensificando nas décadas de 1940 e 1950. A partir da segunda metade dos anos 50, o setor industrial passou a ser o carro-chefe da economia no país. Durante o período colonial, pelas regras da política econômica mercantilista, não podia ser implantada no Brasil nenhuma tividade produtiva que competisse com as atividades da metrópole ou que prejudicasse seus interesses comerciais. Em 1785 o governo português proibiu formalmente o funcionamento de fábricas na colônia, para não atrapalhar a venda de tecidos e roupas comercializadas por portugueses no Brasil.
Os primeiros esforços importantes para a industrialização aconteceram no Império. Durante o Segundo Reinado, empresários brasileiros, como Irineu Evangelista de Souza (o visconde de Mauá) e grupos estrangeiros investiram em estradas de ferro, empresas de transporte urbano e gás, bancos e seguradoras. A política econômica oficial, porém, continuava a privilegiar a agricultura exportadora. No final do século XIX e início do XX, as indústrias brasileiras, em sua maioria, não passavam de pequenas pelarias, serrarias, moinhos de trigo, fiações e fábricas de bebida e de conserva.
O país importava matérias-primas, máquinas, equipamentos e grande parte dos bens de consumo. Os efeitos da quebra da bolsa de Nova York sobre a agricultura cafeeira e as mudanças geradas pela Revolução de 1930 (movimento político-militar que derrubou o presidente Washington Luís e acabou com a República Velha, levando Getúlio Vargas ao poder) mudaram o eixo da política econômica, que assumiu um caráter mais nacionalista e industrialista. As medidas concretas para a industrialização foram tomadas durante o Estado Novo. As dificuldades causadas pela Segunda Guerra Mundial ao comércio internacional favoreceram essa estratégia de substituição de importações.
Em 1946 começou a operar o primeiro alto-forno da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), em Volta Redonda, no Rio de Janeiro. A Petrobrás foi criada em outubro de 1953. O nacionalismo da era Vargas foi substituído pelo desenvolvimentismo do governo Juscelino Kubstischek (1956 a 1961). Atraindo o capital estrangeiro e estimulando o capital nacional com incentivos fiscais e financeiros e medidas de proteção do mercado interno, JK implantou a indústria de bens de consumo duráreis, como eletrodomésticos e veículos, com o objetivo de multiplicar o número de fábricas de peças e componentes. Ampliou os serviços de infra-estruturas, como transporte e fornecimento de energia elétrica. Com os investimentos externos e internos, estimulou a diversificação da economia nacional, aumentando a produção de máquinas e equipamentos pesados para mecanização agrícola, fabricação de fertilizantes, frigoríficos, transporte ferroviário e construção naval. No início dos anos 60 o setor industrial superou a média de crescimento dos demais setores da economia brasileira.
Denomina-se industrialização ao processo de criação de uma quantidade cada vez maior de indústrias, que acabam por constituir o setor mais importante da economia.
Em outras palavras: a industrialização consiste numa modernização da economia do país, numa transformação da sociedade, de rural e agrícola, em urbana e industrial. Portanto, não se considera como industrialização uma simples criação de indústrias isoladas, subordinadas às atividades primárias, nuas sim um processo irreversível de criação de indústrias, no qual há urbanização e domínio da cidade sobre o campo.
Em termos mais precisos, podemos afirmar que a industrialização é um momento do desenvolvimento do capitalismo, da atividade fabril baseada na relação de trabalho assalariada. Seu resultado é o capitalismo pleno ou industrial, onde a indústria constitui o setor-chave da economia, e a relação de trabalho tipicamente capitalista - a relação entre a burguesia (capitalistas) e o proletariado (trabalhador assalariado) - torna-se dominante no conjunto da sociedade.
Assim, só se pode falar em industrialização no Brasil a partir do final do século XIX, período em que foi abolida a escravidão no país e se assiste a uma expansão da relação assalariada. Antes disso havia no máximo algumas indústrias isoladas, muito artesanato e algum crescimento manufatureiro, mas nunca uma industrialização. Isso porque a própria existência do trabalho escravo, que era o sustentáculo da economia, impedia o arranque industrial de várias formas. Em primeiro lugar, a escravidão dificultava a modernização tecnológica do trabalho, a aquisição de máquinas, pois a compra de escravos já era um investimento alto e feito a vista, antes mesmo que eles começassem a trabalhar; além disso, a evolução tecnológica pressupõe uma especialização do trabalhador, e não convinha aos proprietários educar e especializar seus escravos.
Depois, o trabalhador escravo não constitui um mercado consumidor (fato que ocorre com os assalariados, que podem adquirir livremente produtos com seu rendimento), já que não tem dinheiro e vive do que o dono lhe fornece, normalmente o indispensável para sobreviver e trabalhar. E, ademais, os gastos com vigilância - para impedir fugas, apreender os amotinados ou vigiar a execução correta do trabalho - são mais elevados na escravidão, o que é mais um elemento para barrar a inovação tecnológica. A relação de trabalho assalariado apresenta efeitos contrários à escravidão no que se refere à modernização tecnológica, à expansão da maquinaria.
O trabalhador assalariado não constitui um investimento elevado feito a vista, pois só recebe depois de começar a trabalhar e aos poucos (de forma mensal ou semanal). Além disso, ele não se sente tão revoltado como o escravo, podendo ser educado e se especializar; os gastos com vigilância são também menores. E o proletário pode ser contratado à vontade nas épocas de expansão da empresa, ou demitido nas épocas de crise, ao contrário do escravo que deveria ser sustentado mesmo nos período em que os negócios fossem mal. Ademais, seus salários e a liberdade de comprar o que quiserem (desde que os preços sejam compatíveis com seu orçamento) fazem dos proletários uma parcela de consumidores de bens industrializados. Eles constituem portanto, uma das condições indispensáveis ao processo de industrialização. Outro fator importante para o surto da industrialização brasileira que se iniciou no final do século XIX, foi a imigração.
Os imigrantes foram os primeiros trabalhadores assalariados no Brasil, os primeiros operários na indústria nascente, e aumentaram o mercado consumidor do país, pois já tinham o hábito de adquirir bens manufaturados nos seus países de origem. Como a industrialização brasileira foi tardia ou retardatária, tendo-se iniciado no momento em que o capitalismo passava da fase competitiva para a monopolista, as máquinas utilizadas e a tecnologia não foram produzidas internamente mas importadas daqueles países que já as desenvolviam havia mais de um século, notadamente a Inglaterra.
Isso significa que não ocorreu aqui a passagem do artesanato para a manufatura e desta para a indústria, tal como nos países líderes Revolução Industrial, mas sim que a atividade fabril começou em sua forma moderna (para a época). Ou seja, começou não com as máquinas antiquadas do início da Revolução Industrial (tal como a máquina a vapor), mas com máquinas já movidas a eletricidade ou a combustão. E os estabelecimentos industriais já surgiram com grandes portes para a época - neles trabalhavam dezenas ou centenas de operários - e não na forma de pequenas oficinas. Em grande parte, os pequenos estabelecimentos artesanais ou manufatureiros que existiam antes desse processo acabaram mesmo sendo destruídos por ele - falidos e vencidos pela concorrência. Para importar essa maquinaria era preciso uma fonte de divisas , um produto de exportação que gerasse rendas para serem aplicadas na atividade industrial. Esse produto existia desde inícios do século XIX: era o café. A lavoura cafeeira era, na época, o produto-rei de nossa economia, e se desenvolvia principalmente em São Paulo, de início no Vale do Paraíba e, depois - final do século XIX e início do XX -, na porção oeste desse Estado. Foi a partir da lavoura cafeeira que se originaram os capitais inicialmente aplicados na indústria. Mas, para que os fazendeiros ou comerciantes de café resolvessem investir na indústria, deixando de aplicar seus capitais na expansão da lavoura cafeeira - o negócio mais lucrativo da época -, era preciso algumas condições favoráveis. Essas condições surgiram com as crises nas exportações do café e com o crescimento do mercado consumidor de bens industrializados, que inicialmente eram importados da Europa.
De fato, foi nos momentos de crise - tais como a Primeira Guerra Mundial (1914-18), a crise econômica de 1929 e a Segunda Guerra Mundial (1939-45) - que o processo de industrialização do Brasil teve seus períodos de maior impulso. Nesses momentos havia dificuldades para exportar o café (que deixava de ser um negócio tão atraente) e também para importar os bens industrializados, que já eram bastante consumidos. ,Concluindo, pode-se afirmar que a industrialização brasileira teve até o final da Segunda Guerra Mundial um caráter substitutivo, isto é, foi um processo de substituição de importações. Tratou-se de produzir internamente bens que eram importados dos países desenvolvidos da década de 1950, esse processo de industrialização adquire um novo caráter: as empresas norte-americanas, européias e japonesas começam a se internacionalizar, tornam-se multinacionais e penetram fortemente no Brasil.
O Estado passa, então, a associar-se ao capital estrangeiro ou ao privado nacional, além de criar um grande número de empresas industriais públicas. Nessa segunda metade do século XX, a industrialização do Brasil deixa de ser feita essencialmente com capitais privados nacionais, em razão da notável expansão das empresas estrangeiras e estatais. E o surto industrial não se restringe mais às indústrias de bens de consumo, mas atinge também o setor de bens intermediários e até o de bens de capital, embora estes ainda hoje sejam relativamente fracos

Milagre Econômico ,Hiperinflação,Neoliberal,Golpe Militar






*Milagre econômico


"milagre econômico" é a denominação dada à época de excepcional crescimento econômico ocorrido durante a ditadura militar, ou anos de chumbo, especialmente entre 1969 e 1973, no governo Médici. Nesse período áureo do desenvolvimento brasileiro em que, paradoxalmente, houve aumento da concentração de renda e da pobreza, instaurou-se um pensamento ufanista de "Brasil potência", que se evidencia com a conquista da terceira Copa do Mundo de Futebol em 1970 no México, e a criação do mote de significado dúbio: "Brasil, ame-o ou deixe-o".Após o governo de Juscelino Kubitschek, entre 1956 e 1961, no qual o Brasil passou por acelerado crescimento econômico graças ao Plano de Metas - o programa "cinqüenta anos em cinco" - que era baseado na política de substituição de importações sob a inspiração da CEPAL, e com a construção de Brasília, surgiu uma forte pressão inflacionária no País, já sentida no final do governo JK e que se agravou com a renúncia de Jânio Quadros e com os impasses institucionais que marcaram o período de João Goulart (1961-1964). Tais fatos fizeram com que se elevassem os défices do governo de tal forma que se formou uma forte inflação de demanda.Logo após o Golpe Militar que se seguiu em abril de 1964, no início do governo Castelo Branco, foi criado um primeiro Programa de Ação Econômica do Governo - PAEG [2], com dois objetivos básicos: formular políticas conjunturais de combate à inflação, associadas a reformas estruturais, que permitiram o equacionamento dos problemas inflacionários causados pela política de substituição de importações e das dificuldades que se colocavam ao crescimento econômico; o que requeria, agora, que fosse dado um segundo passo no processo: a expansão da então pequena indústria de base (siderurgia, energia, petroquímica) para evitar que o aumento da produção de bens industriais de consumo final, ampliada pela política de substituição de importações, provocasse um aumento insustentável nas importações brasileiras de insumos básicos, que a indústria nascente consumia de forma crescente.Após um período inicial recessivo, de ajuste, que foi de março de 1964 até fins de 1967 - com a reorganização do sistema financeiro, a recuperação da capacidade fiscal do Estado e com uma maior estabilidade monetária - iniciou-se em 1968 um período de forte expansão econômica no Brasil.De 1968 a 1973 o PIB brasileiro cresceu a uma taxa média acima de 10% ao ano, a inflação oscilou entre 15% e 20% ao ano e a construção civil cresceu, em média, 15% ao ano. Durante essa fase, o grande arquiteto e executor das políticas econômicas no Brasil foi Antônio Delfim Netto, que chegou a ser chamado de "super-ministro".Em análises posteriores justifica-se esse grande crescimento afirmando que os mercados em que os investimentos se concentraram eram todos (usando a expressão inglesa) Green Field Market, ou seja, novas áreas para se investir. O mesmo ocorre nos dias atuais na República Popular da China. Mais do que uma conseqüencia de política econômica bem planejada (apesar de muitas vezes pouco ética), o crescimento chinês é fruto do fato de muitos novos setores estarem se abrindo, possibilitando um rápido e vertiginoso aumento da atividade econômica.


*A hiperinflação brasileira


Já está impressa.









*Golpe Militar

O Golpe de 1964, após longo amadurecimento , finalmente ocorreu de forma repentina.Segundo a Fundação Getúlio Vragas
(sic)...o golpe militar foi saudado por importantes setores da sociedade brasileira. Grande parte do empresariado, da imprensa, dos proprietários rurais, da Igreja católica, vários governadores de estados importantes (como Carlos Lacerda, da Guanabara, Magalhães Pinto, de Minas Gerais, e Ademar de Barros, de São Paulo) e amplos setores de classe média pediram e estimularam a intervenção militar, como forma de pôr fim à ameaça de esquerdização do governo e de controlar a crise econômica.
O golpe também foi recebido com alívio pelo governo norte-americano, satisfeito de ver que o Brasil não seguia o mesmo caminho de Cuba, onde a guerrilha liderada por Fidel Castro havia conseguido tomar o poder. Os Estados Unidos acompanharam de perto a conspiração e o desenrolar dos acontecimentos, principalmente através de seu embaixador no Brasil, Lincoln Gordon e do adido militar,Vernon Walters, e haviam decidido, através da secreta "Operação Brother Sam", dar apoio logístico aos militares golpistas, caso estes enfrentassem uma longa resistência por parte de forças leais a Jango
Logo após o golpe, vieram os Atos instituicionais, artificialismos criados para dar legitimidade jurídica a ações políticas contrárias à Costituição Brasileira de 1946 culminando numa ditadura
Foram decretados dezesseis atos de 1964 a 1978, estes pela própria redação eram mandados cumprir, diminuindo assim as liberdades da população, eliminando alguns dos direitos do cidadão.






*Neoliberal



1990. Denominamos esse período de "década neoliberal"



Durante a "década neoliberal" o Brasil apresentou taxas medíocres de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto). Se nos anos 80, considerados a "década perdida", tivemos uma taxa média anual de crescimento do PIB de 3%, nos anos 90 o crescimento anual médio do país atingiu apenas 1,7% (até 1999) (POCHMANN, 2001, p. 9). A "década neoliberal" aparece, portanto, como uma "década mais que perdida". É a década da inserção subalterna do Brasil na mundialização do capital por meio de políticas neoliberais que acentuaram a lógica destrutiva do capital no país.

Apesar do controle da inflação via Plano Real, em 1994, o Brasil continuou apresentando a pior distribuição de renda do mundo industrializado. O "choque de capitalismo" da década passada tendeu a concentrar mais ainda a riqueza social e a tornar mais precário o mundo do trabalho. Por exemplo, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na década de 1990 cresceu a distância salarial entre os 10% mais ricos e os 40% mais pobres. Em 1992 a diferença entre o pico e a base da pirâmide nacional de rendimentos era de cerca de treze salários mínimos. Em 1999, chegou a aproximadamente dezessete (RENDA CRESCE, 2001).
O reflexo da reprodução ampliada da desigualdade de renda sobre a estrutura de consumo no Brasil de primórdios da década de 2000 pode ser constatado pelos resultados da pesquisa da Associação Nacional de Empresas de Pesquisa (ANEP) e da Associação Brasileira dos Institutos de Pesquisas de Mercado (ABIPEM), com base em dados do IBGE, apresentado em 2002: cerca de 81% da população, ou quatro entre cinco pessoas, vivem na berlinda do que se produz e se consome. Os 137 milhões de brasileiros pertencentes às classes C, D e E, diz a pesquisa, possuem rendas mensais brutas inferiores a R$ 1 125,00, restando-lhes, portanto, quase nenhum poder de escolha nas decisões de consumo (UMA NAÇÃO SEM CONSUMIDORES, 2002).



*O que é o neoliberalismo?



O neoliberalismo é o novo caráter do velho capitalismo. Este adquiriu força hegemônica no mundo a partir da Revolução Industrial do século 19. O aprimoramento de máquinas capazes de reproduzir em grande escala o mesmo produto e a descoberta da eletricidade possibilitaram à indústria produzir, não em função de necessidades humanas, mas sobretudo visando ao aumento do lucro das empresas.

As Indústrioas PIB ,tecnopólos

*PIB
O PIB (Produto Interno Bruto) é um dos principais indicadores de uma economia. Ele revela o valor de toda a riqueza gerada no país.

RIO - O Ministério da Fazenda informou que o Brasil está em oitavo na colocação do ranking mundial do Produto Interno Bruto (PIB), após a revisão do Sistema de Contas Nacionais realizadas pelo IBGE. A notícia vai de encontro com a colocação divulgada ontem pela maioria das consultorias que informaram na quarta-feira, que economia brasileira estaria na 10ª posição no ranking das maiores do mundo .
Segundo explicação do Ministério, o PIB nominal do Brasil em 2005 passou de R$ 1,937 bilhão para R$ 2,147 bilhões, o que representa um aumento de 10,9% e situaria o país em 9º lugar, atrás da Itália (R$ 1,667 bilhão) e à frente da Rússia (R$ 1,559 bilhão). No entanto, considerando que as taxas de câmbio utilizadas para calcular o PIB, segundo uma paridade (igualização) do poder de compra, não se alterem após os novos cálculos do IBGE, o Brasil passaria a ter um produto de US$ 1,803 bilhão, o que levaria o país a ultrapassar a Itália (US$ 1,667 bilhão) e a ocupar o 8º lugar.
O cálculo pela paridade do poder de compra assegura a equivalência dos preços dos produtos entre os países e a comparação efetiva entre eles. Ela leva em conta a variação do preço o de diferentes bens e serviços entre países, devido às diferentes condições de demanda e de oferta, de inflação e de hábitos.
Assim, segundo o Ministério, para que se possa calcular a equivalência do PIB de um país em relação ao de outros, é necessária a existência de um índice de preços relativos que permita comparar o custo de uma mesma cesta de bens em diferentes países. Naturalmente, o valor obtido ao se utilizar a PPP é diferente do valor nominal ou simplesmente ajustado pela inflação dos países.
Já se o critério de comparação for o valor em dólares correntes, segundo dados do Banco Mundial, o Brasil ocuparia o 10º lugar, com um PIB de US$ 794 bilhões, inferior ao canadense (US$ 1,115 bilhão), mas superior ao sul-coreano (US$ 787 bilhões). Como foi divulgado na quarta-feira.
Economistas do mercado financeiro acreditam que a revisão para cima do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro colocam o país mais próximo de alcançar a classificação de grau de investimento nas agências de classificação de risco.

*Tecnopólos

Tecnopólo é um termo que descreve-se por ser a junção num mesmo local ou região de diversas caracteristicas tecnologicas e atividades, empresas, faculdades, universidades, centros de pesquisa, polos fabris e industriais que facilitam os contatos pessoais entre esses meios, produz efeito de sinergia de que podem surgir inovações técnicas e novas idéias.Os tecnopólos são originários dos Estados Unidos, quando a Universidade de Stanford, na Califórnia, criou-se o Silicon Valley e têm espalhado-se em outros lugares como Europa e Japão. Cito no Brasil, São José dos Campos (Brasil), localizado no Vale do Paraíba que é um importante tecnopólo de material bélico, metalúrgico e sede do maior complexo aeroespacial da América Latina. Aqui estão instaladas importantes multinacionais como Philips, Panasonic, Johnson & Johnson, General Motors (GM), Petrobras, Ericsson, Monsanto, a sede da Embraer entre outras. No setor aeroespacial destaca-se o CTA, o INPE, o IEAV, o IAE e o ITA.

sábado, 13 de setembro de 2008

Locais de concentração das inústrias no Brasil


Cenibra - Ipatinga MG







Acesita - Timóteo MG









Aracruz Celulose – Aracruz Espírito Santo











Petrobrás – Piranema Sergipe








Siderúrgicas no Brasil – Congonhas do Campo,Caeté e São Miguel de Piracicaba/ MG








Grupo Votorantim – Sorocaba SP











Cemig - O Grupo Cemig atua em Minas Gerais e em mais 10 estados brasileiros e no Chile.
Em 2006, a Empresa adquiriu cerca de 25% da Light, distribuidora de energia que atende à capital Rio de Janeiro e outros municípios fluminenses. Tem, ainda, participação acionária na TBE – Transmissora Brasileira de Energia, que possui e opera linhas de transmissão no Norte e Sul do País.A Cemig é uma empresa mista de capital aberto, controlado pelo Governo de Minas. As ações da Empresa estão listadas no Bovespa, Nova Iorque e Madri (Latibex). Nos últimos quatro anos, o valor de mercado da Cemig passou de R$ 4 bilhões para R$ 20 bilhões.




































































































































Qual o governo que iniciou a industria no Brasil?





A história da industrialização no Brasil pode ser dividida em quatro períodos principais: o primeiro período, de 1500 a 1808, chamado de "Proibição"; o segundo período, de 1808 a 1930, chamado de "Implantação"; o terceiro período, de 1930 a 1956, conhecido como fase da Revolução Industrial Brasileira e finalmente o quarto período, após 1956, chamado de fase da internacionalização da economia brasileira.



Primeiro período (1500 - 1808): ou de "Proibição"
Nesta época fazia restrição ao desenvolvimento de atividades industriais no Brasil. Apenas uma pequena indústria para consumo interno era permitida, devido às distâncias entre a metrópole e a colônia. Eram, principalmente, de fiação, calçados, vasilhames.


Na segunda metade do século XVIII algumas indústrias começaram a crescer, como a do ferro e a têxtil. Isso não agradava Portugal porque já faziam concorrência ao comércio da corte e poderiam tornar a colônia independente financeiramente, adiquirindo a possibilidade da independência política. Assim, em 5 de janeiro de 1785, D. Maria I assinou um alvará, extinguindo todas as manufaturas têxteis da colônia, exceto a dos panos grossos para uso dos escravos e trabalhadores.


Segundo Período (1808-1930)

Primeira fase (1808-1850)
Em 1808 chegando ao Brasil a família real portuguesa, D. João VI revogou o alvará, abriu os portos ao comércio exterior e fixou taxa de 24% para produtos importados, exceto para os portugueses que foram taxados em 16%. Em 1810, através de um contrato comercial com a Inglaterra, foi fixada em 15% a taxa para as mercadorias inglesas por um período de 15 anos. Neste período, o desenvolvimento industrial brasileiro foi mínimo devido à forte concorrência dos produtos ingleses que plenamente "invadiram" o mercado consumidor brasileiro.
Em 1828 foi renovado o protecionismo econômico cobrando-se uma taxa de 15% sobre os produtos estrangeiros, agora para todos os países, sem exceção. Porém essa taxa era ainda insuficiente para promover algum desenvolvimento industrial no País.
Em 1844 o então Ministro da Fazenda Manuel Alves Branco decretou uma lei (Lei Alves Branco) que ampliava as taxas de importação para 30% sobre produtos sem similar nacional e 60% sobre aqueles com similar nacional. Assim, algumas atividades industriais do país foram protegidas.
Em 1846 a indústria têxtil obteve incentivos fiscais e, no ano seguinte, as matérias-primas necessárias à indústria do país receberam isenção das taxas alfandegárias.
Mas nem esses incentivos foram suficientes para alavancar o desenvolvimento industrial. A escravidão ainda estava presente. Faltavam trabalhadores livres e assalariados para constituir a base do mercado consumidor. Além disso, as elites enriquecidas pelo café ainda não estavam dispostas a investir na indústria.


Segunda fase (1850-1930)
Em 1850 é assinada a Lei Eusébio de Queirós proibindo o tráfico de escravos, e que trouxe duas conseqüências importantes para o desenvolvimento industrial:
Os capitais que eram aplicados na compra de escravos ficaram disponíveis e foram aplicados no setor industrial.
A cafeicultura que estava em pleno desenvolvimento necessitava de mão-de-obra. Isso estimulou a entrada de um número considerável de imigrantes, que trouxeram novas técnicas de produção de manufaturados e foi a primeira mão-de-obra assalariada no Brasil. Assim constituíram um mercado consumidor indispensável ao desenvolvimento industrial, bem como força de trabalho especializada.
O setor que mais cresceu foi o têxtil, favorecido em parte pelo crescimento da cultura do algodão em razão da Guerra de Secessão dos Estados Unidos, entre 1861 e 1865.
Na década de 1880 ocorreu o primeiro surto industrial quando a quantidade de estabelecimentos passou de 200, em 1881, para 600, em 1889.
Esse primeiro momento de crescimento industrial inaugurou o processo de Substituição de Importações.
Entre 1914 e 1918 ocorreu a Primeira Guerra Mundial e, a partir dai, vamos constatar que os períodos de crise foram favoráveis ao nosso crescimento industrial. Isso ocorreu também em 1929 com a Crise Econômica Mundial e, mais tarde, em 1939 com a 2ª Guerra Mundial, até 1945.
Nesses períodos a exportação do café era prejudicada e havia dificuldade em se importar os bens industrializados, estimulando dessa forma os investimentos e a produção interna, basicamente indústria de bens de consumo.
Em 1907 foi realizado o 1° censo industrial do Brasil, indicando a existência de pouco mais de 3.000 empresas. O 2° censo, em 1920, mostrava a existência de mais de 13.000 empresas, caracterizando um novo grande crescimento industrial nesse período, principalmente durante a 1ª Guerra Mundial quando surgiram quase 6.000 empresas.
Predominava a indústria de bens de consumo que já abastecia boa parte do mercado interno. O setor alimentício cresceu bastante, principalmente exportação de carne, ultrapassando o setor têxtil. A economia do país continuava, no entanto, dependente do setor agroexportador, especialmente o café, que respondia por aproximadamente 70% das exportações brasileiras.


Terceiro Período (1930-1956): de "Revolução Industrial"
O outro foi marcado pela Revolução de 1930, com Getúlio Vargas, que operou uma mudança decisiva no plano da política interna, afastando do poder do estado oligarquias tradicionais que representavam os interesses agrários-comerciais. Getúlio Vargas adotou uma política industrializante, a substituição de mão-de-obra imigrante pela nacional. Essa mão-de-obra era formada no Rio de Janeiro e São Paulo em função do êxodo rural (decadência cafeeira) e movimentos migratórios de nordestinos. Vargas investiu forte na criação da infra-estrutura industrial: indústria de base e energia. Destacando-se a criação de:
Conselho Nacional do Petróleo (1938)
Companhia Siderúrgica Nacional (1941)
Companhia Vale do Rio Doce (1943)
Companhia Hidrelétrica do São Francisco (1945)
Foram fatores que contribuíram para o desenvolvimento industrial a partir de 1930:
o grande êxodo rural, devido a crise do café, com o aumento da população urbana que foi constituir um mercado consumidor.
a redução das importações em função da crise mundial e da 2ª Guerra Mundial, que favoreceu o desenvolvimento industrial, livre de concorrência estrangeira.
Esse desenvolvimento ocorreu principalmente em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, definindo a grande concentração espacial da indústria, que permanece até hoje.
Uma característica das indústrias que foram criadas desde a 1ª Guerra Mundial é que muitas delas fazem apenas a montagem de peças produzidas e importadas do exterior. São subsidiárias das matrizes estrangeiras.
No início da 2ª Guerra Mundial o crescimento diminuiu porque o Brasil não conseguia importar os equipamentos e máquinas que precisava. Isso ressalta a importância de possuir uma Indústria de Bens de Capital.
Apesar disso as nossas exportações continuaram a se manter acarretando um acúmulo de divisas. A matéria-prima nacional substituiu a importada. Ao final da guerra já existiam indústrias com capital e tecnologia nacionais, como a indústria de autopeças.
No segundo governo Vargas (1951-1954), os projetos de desenvolvimento baseados no capitalismo de Estado, através de investimentos públicos no extinto Instituto Brasileiro do Café (IBC, em 1951), BNDES, dentre outros, forneceram importantes subsídios para Juscelino Kubistchek lançar seu Plano de Metas, ainda que à um elevado custo de internacionalização da economia brasileira.


Quarto Período(1956 em diante): de "Internacionalização"
Ao final da Segunda Guerra Mundial o Brasil dispunha de grandes reservas de moeda estrangeira, divisas, fruto de ter exportado mais do que importado.
Houve um crescimento de 8,9% de 1946 a 1950.
Enquanto nas décadas anteriores houve predominância da indústria de bens de consumo, na década de 40 outros tipos de atividade industrial começam a se desenvolver como no setor de minerais, metalurgia, siderurgia, ou seja setores mais sofisticados tecnologicamente.
Em 1946 teve início a produção de aço da CSN (Companhia Siderúrgica Nacional), Volta Redonda, que abriu perspectivas para o desenvolvimento industrial do pais, já que o aço constitui a base ou a "matriz" para vários ramos ou tipos de indústria.
Em 1950 alguns problemas de grande importância dificultaram o desenvolvimento industrial:
falta de energia elétrica;
baixa produção de petróleo;
rede de transporte e comunicação deficientes.
Para tentar sanar os dois primeiros problemas, o presidente Getúlio Vargas inaugurou a Companhia Hidrelétrica do São Francisco, Usina Hidrelétrica de Paulo Afonso e criou a Petrobras.
No governo de Juscelino Kubitschek, 1956 a 1961, criou-se um Plano de Metas que dedicou mais de 2/3 de seus recursos para estimular o setor de energia e transporte.
Aumentou a produção de petróleo e a potência de energia elétrica instalada, visando a assegurar a instalação de indústrias.Desenvolveu-se o setor rodoviário.
Houve um grande crescimento da indústria de bens de produção que cresceu 37% contra 63% da de bens de consumo.
Percebe-se, por esses números, que na década de 50 alterou-se a orientação da industrialização do Brasil. Contribuiu para isso a Instrução 113 da Superintendência da Moeda e do Crédito (SUMOC), instituída em 1955, no governo Café Filho. Essa Instrução permitia a entrada de máquinas e equipamentos sem cobertura cambial (sem depósito de dólares para a aquisição no Banco do Brasil).
O crescimento da indústria de bens de produção refletiu-se principalmente nos seguintes setores:
siderúrgico e metalúrgico (automóveis);
químico e farmacêutico;
construção naval, implantado no Rio de Janeiro em 1958 com a criação do Grupo Executivo da Indústria de Construção Naval (GEICON).
No entanto, o desenvolvimento industrial foi calcado, em grande parte, com capital estrangeiro, atraído por incentivos cambiais, tarifários e fiscais oferecidos pelo governo. Nesse período teve início em maior escala a internacionalização da economia brasileira, através das multinacionais.
A década de 60 começou com sérios problemas políticos: a renúncia de Jânio Quadros em 1961, a posse do vice-presidente João Goulart, discussões em torno de presidencialismo ou parlamentarismo. Esses fatos ocasionaram um declínio no crescimento econômico e industrial.
Após 1964, os governos militares, retomaram e aceleraram o crescimento econômico e industrial brasileiro. O Estado assumiu a função de órgão supervisor das relações econômicas. O desenvolvimento industrial pós 64 foi significativo.
Ocorreu uma maior diversificação da produção industrial. O Estado assumiu certos empreendimentos como: produção de energia elétrica, do aço, indústria petroquímica, abertura de rodovias e outros, assegurando para a iniciativa privada as condições de expansão ou crescimento de seus negócios.
Houve grande expansão da indústria de bens de consumo não-duráveis e duráveis com a produção inclusive de artigos sofisticados.
Aumentou, entre 1960 e 1980, em números significativos a produção de aço, ferro-gusa, laminados, cimento, petróleo
Para sustentar o crescimento industrial, houve o aumento da capacidade aquisitiva da classe média alta, através de financiamento de consumo. Foi estimulada, também, a exportação de produtos manufaturados através de incentivos governamentais. Em 1979, pela 1ª vez, as exportações de produtos industrializados e semi-industrializados superaram as exportações de bens primários (produtos da agricultura, minérios, matérias-primas).
Após um período de inflação ascendente, foi lançado em 28 de fevereiro de 1986 pelo Governo Sarney o Plano Cruzado, que embora tivesse objetivos implícitos eleitorais, foi caracterizado por uma tentativa de promover o crescimento da produção econômica brasileira sem passar pela penosa austeridade fiscal e monetária que seria a marca registrada do Plano Real, em 1994. No entanto, a proteção alfandegária que existia na época, que restringia as importações e o desbastecimento principalmente de produtos de primeira necessidade promovido por setores oligopolizados da economia condenaram o plano econômico ao fracasso, não obstante sua política de manter o câmbio congelado e a taxa real de juros baixa fizesse o PIB conhecer uma bolha de consumo interna sem precedentes na sua história.
O ajuste das contas públicas pós-Plano Real, e a adoção de medidas tanto políticas como jurídicas de apoio à micro e pequena indústria, bem como a entrada de capital estrangeiro atraído pelos programas de privatizações de estatais, tornaram o investimento do capital de risco no setor industrial atraente.
Também contribuíram para isso a desejada estabilidade nas regras que regiam a economia nos oito anos do mandato que Fernando Henrique Cardoso exerceu a Presidência da República (1994-2002), e a decisão do seu sucessor, Luis Inácio Lula da Silva, reeleito em 2006, de manter as mesmas regras, não obstante as divergências ideológicas de alguns grupos internos ao seu partido (que viriam a se retirar do mesmo).
Com a auto-suficiência no setor de petróleo, que minimizou o problema da dependência do setor industrial em relação ao mesmo, só falta ao Brasil enfrentar um desafio atual, cada vez mais imposto pelo mundo globalizado: a geração de tecnologia de ponta nacional.





D Pedro I 1500 -> foi proclamado, sagrado e coroado imperador e defensor perpétuo do Brasil











Luis Inácio Lula da Silva
2002-2006/2006-2010

sexta-feira, 12 de setembro de 2008


Como foi a Descentralização Industrial ?


Resumo


A indústria brasileira tem passado por um forte processo demodernização e desconcentração espacial nos últimos anos. Aguerra fiscal entre as várias unidades da federação, os saláriosmais baixos nas regiões menos desenvolvidas, a proximidade defontes de matérias-primas e o desenvolvimento do Mercosul têmprovocado o deslocamento da indústria em direção a diferentesregiões. Alguns estados têm se destacado, beneficiando-se doprocesso de descentralização industrial. Enquanto o emprego sereduz na maior parte do país, estados como o Paraná na regiãoSul, o Ceará no Nordeste e os vários estados da região Centro-Oeste mostram um grande dinamismo, recebendo novas empresasindustriais e apresentando forte crescimento do emprego.


Reportagem


O cruzamento das informações setoriais e regionais per-mite que se entenda melhor a dinâmica do processo dedescentralização industrial observado no Brasil. Nesta seção,será feita uma tentativa de caracterização dos principais movi-mentos do emprego ocorridos no país ao longo dos anos no-10venta de forma estilizada

Embora permanecendo a maior geradora de empregoindustrial do país, a região Sudeste sofreu redução em suaparticipação relativa no emprego em 11 dos 13 segmentos in-dustriais analisados, sendo superior a cinco pontos percentuais em sete casos. A principal beneficiária foi a região Sul, elevando sua participação em dez setores

Em nove segmentos, onde houve redução da participaçãoda região Sudeste no emprego industrial, cresceu a participa-ção da região Sul. Entre eles, encontram-se os mais modernose com maiores índices de desenvolvimento, como material detransporte, mecânica e material elétrico e de comunicação. Écomo se as duas regiões mais desenvolvidas do país estives-sem num processo de troca, com deslocamento do empregodo Sudeste para o Sul. Este resultado corrobora a excelenteperformance do emprego industrial verificada no Paraná, mencionada anteriormente

Em cinco segmentos industriais, houve forte transferênciado emprego entre as duas regiões, com redução superior acinco pontos percentuais na região Sudeste e crescimentosemelhante na região Sul. Além dos três de alto e médio-altodesenvolvimento acima mencionados, podem ser adicionadasa indústria têxtil, vestuário e artefatos de tecidos e a indústria deborracha, fumo, couros peles e diversos. Portanto, houve tam-bém a transferência de segmentos menos desenvolvidos daregião Sudeste para a região Sul, como no caso da indústria têxtil, vestuário e artefatos de tecidos, classificada no grupo demédio-baixo desenvolvimento.

Nas demais regiões, as situações são diferenciadas entresi. Houve elevação significativa da parcela do emprego na re-gião Centro-Oeste em cinco segmentos industriais – produtosalimentares, bebidas e álcool etílico; têxtil, vestuário e artefatosde tecidos; madeira e mobiliário; produtos de minerais não14. São,metálicos; borracha, fumo, couros, peles e diversosusualmente, segmentos tradicionais, produtores de bens deconsumo não duráveis ou semi-duráveis, ou de bens interme-diários, dependentes de matéria-prima muitas vezes produzidana própria região. Este é o caso, por exemplo, da agroindústriae das indústrias de madeira e mobiliário e de produtos de mi-nerais não metálicos. Cabe notar que dos cinco segmentosmencionados acima, um foi classificado como médio-médiodesenvolvimento, três como médio-baixo e um como baixo de-senvolvimento.

Conforme já apontado antes, a região Centro-Oeste foi aúnica no país a experimentar crescimento absoluto do empregoindustrial na década de noventa, fato este que se repete em dezdos 13 segmentos industriais analisados. Embora representan-do apenas 3,9% do emprego industrial do país em 1998, a re-gião Centro-Oeste desponta com condições favoráveis parauma indústria que segue o deslocamento da fronteira agrícolanaquela região. Não é por outra razão que seu emprego naindústria de produtos alimentares, bebidas e álcool etílico pas-sou de 4,2% para 8,4% do total do país no período, represen-tando o setor industrial mais importante na região em termos deemprego.

A situação encontrada na região Nordeste possui algumasemelhança, mas também diferenças importantes, em relaçãoà observada na região Centro-Oeste. Houve aumento de suaparticipação no emprego em cinco segmentos industriais, sen-do muito significativa no caso de calçados e extrativa mineral.No primeiro caso, trata-se da transferência de empresas doSul-Sudeste, em busca de mão-de-obra mais barata, enquantono segundo, representa um setor específico, que opera direta-mente sobre os minérios existentes localmente. A região Nor-deste aumentou também sua participação no emprego na in-dústria têxtil, de vestuário e artefatos de tecidos, setor quepassou por um forte processo de modernização (no caso datêxtil) e que paga baixos salários.

Produtos de minerais não metálicos e material elétrico ede comunicação são os dois outros segmentos industriais ondehouve crescimento relativo da região Nordeste. O primeiro é umtípico setor tradicional, classificado como de médio-baixo de-senvolvimento. O segundo, entretanto, foi classificado na cate-goria de médio-alto desenvolvimento, mas a participação regional no emprego é ainda pequena (4,6%).

A região Nordeste teve forte queda de participação noemprego em produtos alimentares, bebidas e álcool etílico,permanecendo ainda com elevada parcela no total do país (21,9%). Houve redução também em química, produtos farma-cêuticos e veterinários, perfumaria e sabão. Sua participaçãopermaneceu relativamente inalterada em seis segmentos in-dustriais.

Duas observações merecem ainda ser feitas em relaçãoàs mudanças observadas no Nordeste. Em primeiro lugar, aindústria de calçados possui um dos piores índices de desen-volvimento setorial. Seus índices são baixos em todas as regi-ões, inclusive no Sudeste e no Sul, de onde vieram as novasempresas lá instaladas. Tal fato sugere que os benefícios fis-cais podem ter pesado mais do que os diferenciais salariais nadecisão de transferência das empresas de calçados para aregião Nordeste. Em segundo lugar, os índices de desenvolvi-mento encontrados na região Nordeste nos outros quatro seto-res onde sua participação do emprego aumentou possuemvalores usualmente mais baixos que nas demais regiões, suge-rindo que os baixos salários regionais parecem ter sido umelemento importante na atração das empresas para a regiãoNordeste.

A região Norte elevou sua participação em dois setorestradicionais - um de médio-alto desenvolvimento (papel, pape-lão, editorial e gráfica) e outro de baixo desenvolvimento (madei-ra e mobiliário) - e perdeu em outros dois, mantendo inalteradasua posição relativa nos demais. A principal perda ocorreu emmaterial elétrico e de comunicação, onde sua parcela caiu de11,3% para 7,7% do emprego, decorrente da crise que atingiua Zona Franca de Manaus na década.

Resumindo a discussão desta seção, pode-se afirmarque a principal mudança no emprego industrial verificada nadécada de noventa foi a redução da importância da regiãoSudeste e o crescimento da região Sul. Esta redução foi oca-sionada não apenas pela forte queda do emprego no principalpólo industrial do país (São Paulo), mas também no Rio deJaneiro. Para a região Sul, foi dirigida importante parcela do emprego perdido pela primeira, tanto nos setores mais modernos quanto nos tradicionais.

A região Centro-Oeste também se beneficiou bastantedo processo de deslocamento regional do emprego, elevandosua parcela na maior parte dos segmentos industriais, principal-mente naqueles que demandam mão-de-obra barata, de baixaescolaridade e/ou que dependem de matérias-primas locais.Em geral, tais segmentos foram classificados como de médioou baixo desenvolvimento. Embora com nível de emprego aindarelativamente pequeno, a tendência de crescimento da impor-tância da região é generalizada, sendo verificada em todos osestados nela localizados.

As transformações observadas na região Nordeste ocorreram nos dois sentidos. Ao mesmo tempo em que houve aumento de sua importância no emprego em alguns setores tra-dicionais e de menor nível de desenvolvimento, dependentes demão-de-obra barata e/ou matéria-prima local, foi observadaqueda em outros. O exemplo clássico do primeiro movimentofoi observado nas indústrias de calçados e extrativa mineral. Dosegundo, em produtos alimentares, bebidas e álcool etílico.

Finalmente, o fato da região Sul ser a segunda mais de-senvolvida do país, possuindo salários inferiores aos da regiãoSudeste, participando intensamente da guerra fiscal, além desua proximidade dos países do Mercosul, fizeram desta regiãoo destino de inúmeras empresas industriais que para lá se dirigiram, especialmente para o Paraná. Diferentemente das demais regiões, entretanto, a região Sul atraiu empresas de seto-res com os mais distintos níveis de desenvolvimento, inclusiveos mais modernos da indústria.

O que falta para uma industrialização completa no Brasil


A importância crescente da eletrônica na vida do homem moderno, seja como setor econômico per se, seja como elemento transformador de outras cadeias produtivas, tem sido largamente noticiada.

Além disso, atendência de concentração de parcela cada vez maior dovalor dos bens eletrônicos em dois pilares – microeletrônica, cujo representante mais notório é o circuito integra-do, e software – fez com que estes fossem eleitos pelo governo, durante 2003, como setores prioritários para aformulação de uma política industrial, tecnológica e decomércio exterior, ao lado de fármacos e bens de capital.

O BNDES, no âmbito das ações promovidas pelo Fórum da Competitividade do Complexo Eletrônico, patrocinado pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústriae Comércio Exterior (MDIC), realizou um estudo visandoà implantação de uma indústria de circuitos integrados no Brasil.
Tal estudo, contratado a um consórcio de consultores internacionais e acompanhado por um grupo interministerial do qual fazia parte, além do BNDES e do próprio MDIC, o Ministério da Ciência e Tecnologia, foi finalizado paralelamente às primeiras discussões sobre apolítica setorial de microeletrônica. Esta teve suas linhasbásicas, que incluíam resultados do estudo, apresenta-das à Câmara de Política Econômica do Conselho do Governo em janeiro de 2004.

O presente artigo resume os objetivos que nortearam a execução do estudo, trata da metodologia utilizada e apresenta conclusões, especialmente sobre aavaliação de estratégias - de produtos e modelos denegócio – de potenciais investidores.

São enumerados também os requisitos básicos necessários a quaisquer empreendimentos voltados para a fabricação de componentes microeletrônicos, assim como as principais reco-mendações para os negociadores brasileiros.

Indústrias Nacionais



A CENIBRA Ipatinga MG




Fundada no dia 13 de setembro de 1973. Localizada no leste de Minas Gerais, é o resultado do espírito empreendedor da Companhia Vale do Rio Doce - CVRD e da Japan Brazil Paper and Pulp Resources Development Co., Ltd. – JBP, que apostaram no sonho de construir uma grande empresa de base florestal.Em julho de 2001, com a decisão da CVRD de se desfazer de sua participação em empresas de base florestal, a JBP passou a ser detentora do controle acionário total da CENIBRA.



A JBP é um grupo de empresas japonesas, de larga experiência no relacionamento com o Brasil.A CENIBRA atua em 52 municípios, onde desenvolve diversos projetos socioambientais, com o objetivo de contribuir para o desenvolvimento da região.Os municípios de atuação da CENIBRA são: Açucena, Alvinópolis, Antônio Dias, Barão de Cocais, Bela Vista de Minas, Belo Oriente, Bom Jesus do Amparo, Bom Jesus do Galho, Braúnas, Bugre, Caeté, Cantagalo, Caratinga, Catas Altas, Coroaci, Coronel Fabriciano, Córrego Novo, Dores de Guanhães, Divinolândia de Minas, Ferros, Gonzaga, Governador Valadares, Guanhães, Iapu, Ipaba, Ipatinga, Itabira, Joanésia, Mariana, Marliéria, Materlândia, Mesquita, Naque, Nova Era, Paulistas, Peçanha, Periquito, Pingo D'Água, Rio Piracicaba, Rio Vermelho, Sabinópolis, Santa Bárbara, Santa Maria de Itabira, Santana do Paraíso, Santo Antônio do Itambé, São Domingos do Prata, São Gonçalo do Rio Abaixo, São João Evangelista, Sardoá, Senhora do Porto, Virginópolis, Virgolândia.Princípios da CENIBRAValorizar a inovação, a competência, o compromisso e a contribuição dos profissionaisPraticar a ética, a verdade e o respeito em todos os relacionamentosPreservar o ambiente como base do desenvolvimentoFazer tudo com qualidade, confiabilidade e competitividadeAgir no presente com visão de futuro



Petrobrás







Em outubro de 1953, com a edição da Lei 2.004, a constituição da Petrobras foi autorizada com o objetivo de executar as atividades do setor petróleo no Brasil em nome da União.

A Petróleo Brasileiro S/A - PETROBRAS iniciou suas atividades com o acervo recebido do antigo Conselho Nacional do Petróleo (CNP), que manteve sua função fiscalizadora sobre o setor.

As operações de exploração e produção de petróleo, bem como as demais atividades ligadas ao setor de petróleo, gás natural e derivados, à exceção da distribuição atacadista e da revenda no varejo pelos postos de abastecimento, foram monopólio conduzido pela Petrobras de 1954 a 1997.

Durante esse período a Petrobras tornou-se líder em comercialização de derivados no País, e graças ao seu desempenho a Companhia foi premiada em 1992 pela Offshore Technology Conference (OTC) (*), o mais importante prêmio do setor, e posteriormente recebeu o prêmio em 2001.Em 1997, o Brasil, através da Petrobras, ingressou no seleto grupo de 16 países que produz mais de 1milhão de barris de óleo por dia. Nesse mesmo ano, em 6 de agosto de 1997, o presidente Fernando Henrique Cardoso sancionou a Lei n º 9.478, que abriu as atividades da indústria petrolífera no Brasil à iniciativa privada.Em 2003, coincidindo com a comemoração dos seus 50 anos, a Petrobras dobrou a sua produção diária de óleo e gás natural ultrapassando a marca de 2 milhões de barris, no Brasil e no exterior.No dia 21 de abril de 2006, o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva deu início à produção da plataforma P-50, no Campo de Albacora Leste, na Bacia de Campos, o que permitiu ao Brasil atingir auto-suficiência em petróleo.Atualmente, a Companhia está presente em 27 países.

Em 2007, a Petrobras foi classificada como a 7ª maior empresa de petróleo do mundo com ações negociadas em bolsas de valores, de acordo com a Petroleum Intelligence Weekly (PIW), publicação que divulga anualmente o ranking das 50 maiores e mais importantes empresas de petróleo.A renovação da participação na composição do Índice Dow Jones Mundial de Sustentabilidade (DJSI) também foi destaque em 2007. O Dow Jones é considerado o mais importante índice mundial de sustentabilidade, usado como parâmetro para análise dos investidores sócio e ambientalmente responsáveis.A Petrobras iniciou as obras do Centro de Integração do Comperj, em São Gonçalo, também em 2007. O Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro tem investimentos previstos em torno de US$ 8,38 bilhões.

Com início de operação previsto para 2012, o Comperj estimulará a instalação de indústrias de bens de consumo e irá gerar cerca de 212 mil empregos diretos e indiretos.O mês de setembro de 2007 é marcado por duas grandes conquistas, o início das obras da Refinaria Abreu e Lima, em Recife e o batizado da Plataforma de Piranema, em Sergipe.

A nova refinaria será a primeira a processar 100% de petróleo pesado, enquanto que a Plataforma de Piranema terá tecnologia pioneira no mundo, pois será a primeira unidade do tipo FPSO com casco redondo podendo operar em condições ambientais mais severas.No início de 2008, a Petrobras foi reconhecida através de pesquisa da Management & Excellence (M&E) a petroleira mais sustentável do mundo.

Em primeiro lugar no ranking, com a pontuação de 92,25%, a Companhia é considerada referência mundial em ética e sustentabilidade, considerando 387 indicadores internacionais, entre eles queda em emissão de poluentes e em vazamentos de óleo, menor consumo de energia e sistema transparente de atendimento a fornecedores.Visão CorporativaEssa seção reúne informações corporativas da Companhia, que cumpre o seu papel e mostra aos seus acionistas e à população a transparência das suas ações. Conheça o plano estratégico para da Companhia e saiba quais as medidas tomadas pela Petrobras para superar todas as metas corporativas e concretizar a Visão 2020.» Visão 2020Seremos uma das cinco maiores empresas integradas de energia do mundo e a preferida pelos nossos públicos de interesse.» MissãoAtuar de forma segura e rentável, com responsabilidade social e ambiental, nos mercados nacional e internacional, fornecendo produtos e serviços adequados às necessidades dos clientes e contribuindo para o desenvolvimento do Brasil e dos países onde atua.

Nos capítulos do Estatuto Social estão as leis e normas que a Companhia segue sob o controle da União: sua atuação no exterior, suas atividades vinculadas à energia, as atividades econômicas vinculadas ao seu objetivo social, e outras disposições gerais. O Código de Conduta é composto pelo Código de Ética, Código de Conduta Concorrencial da Companhia e o Código de Conduta da Alta Administração Federal, estabelecido pelo governo.

Dessa forma a Petrobras assume o compromisso público de transparência dos seus empregados e no relacionamento com outras empresas, fornecedores, clientes e concorrentes. O Relatório Anual da Petrobras presta conta aos acionistas e à sociedade sobre os resultados e atividades desenvolvidas nos campos social, administrativo e ambiental durante o ano. Apresenta os principais indicadores das atividades, a estratégia da Companhia em relação a sua visão para 2020, além do comportamento do mercado de petróleo.




Siderurgicas no Brasil




Foi a descoberta de ouro no atual Estado de Minas Gerais que desencadeou um novo estímulo à siderurgia. Fundições foram abertas para a construção de implementos de ferro utilizados no trabalho das minas.Contudo, as mesmas práticas mercantilistas que impulsionaram a descoberta de metais em nossas terras fizeram com que a construção de uma indústria siderúrgica brasileira fosse reprimida. A colônia deveria ser explorada ao máximo e comercializar apenas ouro e produtos agrícolas. Portugal chegou a proibir a construção de novas fundições e ordenou a destruição das existentes.A situação mudou com a ascensão de Dom João VI ao trono de Portugal.


Em 1795, foi autorizada a construção de novas fundições. Em 1808, a família real portuguesa desembarcou fugitiva no Rio de Janeiro, temendo o avanço das tropas napolêonicas às terras lusitanas.

Diversas indústrias siderúrgicas foram construídas a partir desse período.Em 1815, ficou pronta a usina do Morro do Pilar, em Minas Gerais. Em 1815, a fábrica de Ipanema, nos arredores de Sorocaba, começa a produzir ferro forjado. Outras indústrias foram abertas em Congonhas do Campo, Caeté e São Miguel de Piracicaba, todas em Minas Gerais.

Após esse início de século XIX promissor, houve um declínio na produção de ferro.

A competição com os produtos importados da Inglaterra era desigual e travava o desenvolvimento da siderurgia brasileira. Além disso, havia escassez de mão-de-obra, já que os trabalhadores, em sua maioria, eram sugados pela lavoura do açúcar e, mais tarde, do café.Mesmo assim, um marco importante para o posterior progresso da siderurgia brasileira data desse período: a fundação, em 1876, da Escola de Minas de Ouro Preto, que formaria engenheiros de minas, metalúrgistas e geólogos.






Grupo Votorantim



A história do Grupo Votorantim começa em 1918, no interior do Estado de São Paulo, quando o imigrante português Antonio Pereira Ignacio assume a Fábrica de Fiação e Tecelagem no então pequeno distrito de Votorantim, em Sorocaba. Assim era criada a Sociedade Anonyma Fabrica Votorantim, uma empresa que anunciava o início da industrialização brasileira.
Nas décadas seguintes os negócios se multiplicaram e, hoje, na terceira geração da família Ermírio de Moraes, a Votorantim é um dos maiores conglomerados privados da AméricaLatina. Essa é uma história de trabalho, empreendedorismo, conduta empresarial responsável, crença no país, busca constante de soluções inovadoras para o crescimento contínuo e competência para conciliar os interesses do grupo e da família.















Aracruz Celulose S.A



É uma empresa brasileira sediada no município de Aracruz, no Espírito Santo.
Ela é a maior produtora mundial de celulose branqueada de eucalipto, respondendo por 24% da oferta global do produto. Possui uma unidade fabril de Aracruz, em Guaíba no Rio Grande do Sul e em Eunápolis, na Bahia, sendo esta última uma joint-venture com a empresa sueco-finlandesa Stora Enso, denominada Veracel.
A celulose produzida é destinada à fabricação de papéis de imprimir e escrever, papéis sanitários e papéis especiais de alto valor agregado.

O controle acionário da Aracruz é exercido pelos grupos Safra, Lorentzen e Votorantim, com participação acionária de 28% cada e pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, com participação de 12,5%. As ações preferenciais da Aracruz (56% do capital), são negociadas nas Bolsas de Valores de São Paulo (Bovespa), Madri (Latibex) e Nova York (NYSE).
A Aracruz é a única empresa do setor florestal no mundo a estar na lista de empresas do Índice Dow Jones de Sustentabilidade (DJSI World) 2007/2008, da Bolsa de Valores de Nova York, que destaca as melhores práticas em sustentabilidade corporativa no mundo. O indicador é composto por 318 empresas de 24 países no total, sendo sete delas brasileiras. O DJSI é composto por ações de companhias de sustentabilidade corporativa, ou seja, segundo os critérios daquela instituição, são empresas capazes de criar valor para os acionistas no longo prazo, por conseguirem aproveitar as oportunidades e gerenciar os riscos associados a fatores econômicos, ambientais e sociais.






Acesita












Em 1974, a Acesita Energética iniciou os primeiros plantios de eucalipto no Jequitinhonha, com o objetivo de abastecer com carvão vegetal os altos fornos da Usina Siderúrgica da Acesita S.A., em Timóteo.
A chegada da Acesita Energética no Jequitinhonha trouxe inúmeros benefícios para a região, principalmente para os municípios onde ela atua.
Com a Acesita Energética, milhares de empregos foram criados e parte dos impostos e recursos gerados pela atividade econômica da empresa foram investidos em obras de infra-estrutura e na melhoria dos serviços de atendimento à população, com destaque para a educação, saúde e lazer, melhorando a qualidade de vida nesses municípios.
Hoje, Capelinha, Itamarandiba, Minas Novas, Turmalina e Veredinha apresentam índice de desenvolvimento social superior aos demais municípios da região.
Atualmente, a Acesita Energética é uma das maiores reflorestadoras do país. Além de ser responsável pelo abastecimento de carvão vegetal aos altos fornos da Acesita S.A., através da Preservar Madeira Reflorestada, é uma das principais empresas que atuam no setor de processamento do eucalipto para uso múltiplo (marca DURALIPTO).






Cemig

Cemig: a melhor energia do Brasil
A Cemig atua nas áreas de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica.O grupo Cemig é constituído por 40 empresas e sete consórcios. É controlado por uma holding, com ativos e negócios em vários estados do Brasil. Possui, também, investimentos em distribuição de gás natural, transmissão de dados e está construindo uma linha de transmissão de energia elétrica no Chile.Na área de distribuição de energia elétrica, a Cemig é responsável por aproximadamente 12% do mercado nacional. Atualmente, a Companhia é um dos maiores grupos empresariais do setor energético brasileiro.O Grupo Cemig atua em Minas Gerais e em mais 10 estados brasileiros e no Chile.
Em 2006, a Empresa adquiriu cerca de 25% da Light, distribuidora de energia que atende à capital Rio de Janeiro e outros municípios fluminenses. Tem, ainda, participação acionária na TBE – Transmissora Brasileira de Energia, que possui e opera linhas de transmissão no Norte e Sul do País.A Cemig é uma empresa mista de capital aberto, controlado pelo Governo de Minas. As ações da Empresa estão listadas no Bovespa, Nova Iorque e Madri (Latibex). Nos últimos quatro anos, o valor de mercado da Cemig passou de R$ 4 bilhões para R$ 20 bilhões.A Cemig Distribuição é responsável pelo atendimento a cerca de 18 milhões de pessoas em 774 municípios de Minas Gerais e pela gestão da maior rede de distribuição de energia elétrica da América Latina, com mais de 400 mil km de extensão.
A Cemig Geração é uma das maiores geradoras do País. O parque gerador da Empresa é formado por mais de 57 usinas hidrelétricas, duas térmicas e uma eólica.
Conquistas
A Cemig é considerada uma empresa padrão no setor de energia elétrica nacional, sendo referência no Brasil e no mundo em sustentabilidade. Encontra-se, há oito anos, no Índice Dow Jones de Sustentabilidade . Nesse índice, na versão 2007/2008, a Cemig foi colocada como líder mundial no supersetor de utilities, ao lado de 18 grandes grupos mundiais.A revista Você/Exame divulgou, em 2007, a liderança da Empresa na pesquisa Índice Aneel de Satisfação do Consumidor – IASC: a Cemig Distribuição é a melhor concessionária do Sudeste na categoria distribuidoras com mais de 400 mil consumidores. Na pesquisa da Abradee – Associação Brasileira das Distribuidoras de Energia Elétrica, a Cemig está entre as três melhores do País.
Marca de reputação
A marca Cemig tem uma presença forte no setor de energia elétrica do Brasil, em função da história da Empresa, que foi criada em 1952, pelo então governador de Minas e posteriormente presidente do Brasil, Juscelino Kubitscheck.Desde a sua criação, a Cemig tornou-se referência no setor elétrico brasileiro, primeiro com a construção da hidrelétrica de Três Marias, a primeira usina de grande porte do País. Posteriormente na gestão competente para implantar novas usinas e programas de eletrificação urbana e rural, até se transformar, em 1985, em companhia energética.

Desvantagens e Vantagens das multinacionais no Brasil







Resumo : O artigo analisa a atuação social das empresas multinacionais estrangeiras no Brasil. Para tanto, articula a relação conflituosa que pode surgir das práticas sociais e a atuação da multinacional no país estrangeiro, esta vista muitas vezes como exploradora dos recursos, mercados e lucros. Disto impera a necessidade das subsidiárias de multinacionais atuarem pautadas na responsabilidade social, antes de realizar qualquer ação de marketing social, além de pensar suas estratégias de responsabilidade social como um meio de construir competências para a multinacional.



Reportagem:As empresas cada vez mais observam a importância de sua atuação social. Pesquisa do IPEA revela que de 782 mil empresas no Brasil, 462 mil investem de alguma forma na área social. Sendo que este investimento no social é uma prática habitual para dois terços destas empresas. O valor que as empresas destinaram para verbas sociais foi de R$ 4,7 bilhões, ou seja, 0,4% do PIB de 2000. Assistência social, alimentação e abastecimento obtiveram o maior número de colaboração das empresas. As empresas de grande porte – com mais de 500 funcionários – tem maior participação no investimento em ações sociais (Ipea, 2002). Conjuntamente a discussão dessas idéias e ações, volta à cena na última década um tema já antigo, agora travestido de nova face: a globalização e a situação dos países emergentes diante da intensa abertura econômica e entrada de investimentos diretos estrangeiros. Se por um lado à globalização trouxe a expansão da economia e do comércio, ainda imperam as antigas dúvidas sobre os níveis de igualdade e justiça social. Neste âmbito, levanta-se a questão do comprometimento das corporações multinacionais com as comunidades locais aonde se instalam e de onde retiram seus lucros. Essas corporações constantemente são alvos de crítica pela atuação indiscriminada nos países, principalmente não desenvolvidos e/ou emergentes, como o Brasil. O grau de confiabilidade nas corporações multinacionais é um dos mais baixos entre as instituições no Brasil (Beting, 2002). A alegação corrente é que as multinacionais se instalam nesses países simplesmente em busca do baixo custo da matéria prima e mão de obra, assim como, visando retirar o máximo de lucros de um mercado ávido por novidades, mas sem o menor poder de escolha, cobrança e atuação (Vernon, 1966). As empresas exploram, auferem elevados lucros e remetem para a matriz sem o comprometimento com os países onde estão as subsidiárias.Diante desse panorama, levantam-se as questões que norteiam este artigo. Como é a atuação social das corporações multinacionais no Brasil?Qual é, ou deveria ser, o papel da responsabilidade social nas corporações multinacionais instaladas nos países não desenvolvidos?A Responsabilidade Social mais que Marketing Social Antes de começar é importante distinguir o marketing social da responsabilidade social. O marketing social deve ser abordado e reconhecido como uma complementação para o programa de marketing da empresa. De maneira alguma como uma compensação. As empresas não podem utilizar uma ação social para compensar a falta de responsabilidade social. Os conceitos que permeiam o marketing social estão relacionados a uma relação de troca entre empresa e sociedade (Kotler, 1978) tanto na direção de mudança do comportamento do consumidor alvo (Kotler e Zaltman, 1973; Ikeda, Capomar e Miura (2000) e Schiavo (2000), como para institucionalização da imagem organizacional e/ou da marca (Varadarajan e Menon, 1998; Pringle & Thompson, 2000). “Responsabilidade social pode ser entendida como opção dos empresários, conscientemente tomada, de investir estrategicamente no campo social. Difere de filantropia, pois esta representa um tipo de investimento social por parte dos empresários associados à caridade, ao paternalismo ou ao puro assistencialismo” (Lima, 2001:30-31). Uma empresa que utiliza o marketing social para cobrir a falta de responsabilidade social atua de maneira totalmente perigosa em relação aos consumidores. Atualmente os consumidores são mais atentos as questões sociais (Kotler e Armstrong, 1998). Além disso, é importante ressaltar que responsabilidade social envolve não só o público externo, mas também os funcionários. “A responsabilidade social interna focaliza o público interno da empresa, seus empregados e seus dependentes.
O seu objetivo é motivá-los para um desempenho ótimo, criar um ambiente agradável de trabalho e contribuir para o seu bem estar” (Guedes, 2000, 43). A empresa que não se preocupa com os funcionários no sentido de conceder qualidade de vida, condições seguras e motivacionais de trabalho, apoio psicológico e social não conseguirá construir uma boa imagem social ou manter por longo prazo sua imagem empresarial. Um programa de marketing social, numa empresa que não considera os funcionários; falta com a responsabilidade social.
Assim a responsabilidade social condiz à atuação da empresa tanto com o público externo e interno não privilegiando uma categoria em particular, mas em várias frentes. Sendo que para certos autores responsabilidade social atua como importante fonte de vantagens competitivas para as empresas (Macedo-Soares e Coutinho, 2002; Vilhena, 2002; Martinelli, 1997). A responsabilidade social pode criar valor agregado na imagem da empresa, na marca e nos produtos e serviços. As empresas passam a ser mais admiradas pelos consumidores e pelos empregados em potencial, podendo atrair pessoal mais qualificado. E por se posicionar de maneira mais integrada com a comunidade a empresa torna-se mais aberta para receber informações e conhecimento.As Empresas Multinacionais no Brasil A empresa multinacional é aquela que (1) possui substancial investimento direto em países estrangeiros e (2) que esta engajada em uma administração ativa de suas operações internacionais. (Bartlett & Ghoshal, 1998). O Brasil na década de 90 se tornou o segundo maior receptor de investimento estrangeiro direto dentre os paises em desenvolvimento. Das 500 maiores multinacionais do mundo 405 operam no país (Lacerda, 2001). A análise quanto ao impacto dos investimentos direto permite dois olhares. Um ponto de vista é ressaltar os benefícios. O país hospedeiro aufere de um crescimento do produto, emprego e renda, como transferência de conhecimento, tecnologia, técnicas de produção e de administração. O conhecimento adquirido com o passar do tempo acaba por se difundir para outras empresas nacionais elevando o patamar tecnológico do país. Considerando especificamente os países em desenvolvimento os investimentos diretos desempenham importante papel na elevação da poupança, receitas públicas e salários. Outro ponto de vista são os aspectos negativos que podem ser gerados pelos investimentos diretos.
A entrada das grandes multinacionais pode levar a formação de oligopólios e/ou monopólios no mercado hospedeiro, aniquilando empresas nacionais, principalmente as pequenas empresas, assim como o poder do consumidor local.
Outro ponto é a perda da soberania do Estado nacional. A eficácia dos instrumentos de políticas públicas fica condicionada as mudanças de direção ou composição das transações econômicas internacionais. (Carvalho e Silva, 2000). A existência simultânea de desigualdade econômica e social ao lado da expansão das empresas multinacionais através da integração dos mercados, levanta certos questionamentos acerca do modo que as empresas vêm atuando perante tais fenômenos, embora a correlação entre eles não seja comprovada (Maziero, Barbeiro e Mendonça,2002).Crítica às Multinacionais A mais divulgada crítica às multinacionais é a respeito das condições de trabalho. Um dos motivadores para a multinacional se instalar em países estrangeiros é o baixo custo da mão de obra. É reconhecida a discrepância entre a qualidade de vida no trabalho nas subsidiárias dos países subdesenvolvidos comparado com a matriz ou subsidiários nos países desenvolvidos. 3Korten (1996) descreve alguns exemplos com forte ênfase na exploração da mão de obra.
Entretanto a exploração das multinacionais não se restringe ao âmbito da exploração de trabalho. Barros (2001) relata casos interessantes na indústria farmacêutica em relação a remédios contra a AIDS, que ameaçam a diretamente a vida humana em troca da lucratividade da empresa. Enfim criticas que resguardam a visão anti-imperialista de estudos econômicos da década de 70 e 80 (Martins, 1975; Vieira e Camargo, 1976; Santos, 1977; Brandt and Hulbert, 1977; Kucininsk and Ledogar, 1977; Plasschaert, 1989). Esses exemplos justificam a análise de Dowbor (2000:117). “A formação de um megapoder das 500 a 600 corporações transnacionais deslocou os espaços políticos. O próprio empresariado, particularmente na área da pequena e média empresa, que não tem escala suficiente para controlar segmentos da esfera política, e que não participa do cassino global, vê com perplexidade crescente um sistema onde produzir bem não assegura nenhuma vantagem relativamente a quem faz especulação financeira, manipula o Estado ou coloca pedágios comerciais sobre as mais variadas atividades”. Padronização e uniformização são os resultados quando o cenário aponta grandes corporações espalhadas por todos cantos do mundo e baseadas na economia de escala da produção e comercialização. Uma padronização que impele uma homogeneização cultural sob o império das marcas globais. Segundo Korten (1996) tal processo de globalização estaria não somente espalhando a pobreza em massa, devastação ambiental e desintegração social, mas também enfraquecendo toda capacidade de inovações culturais e sociais. Nessa visão o sistema econômico globalizado favorece o grande, o global, a exploração de recursos e resultados de curto prazo. O dilema é como criar um sistema global inclinado para o pequeno, o local, o cooperativo e a conservação dos recursos e o longo prazo. O objetivo não é o fim da globalização, mas a criação de espaços de confiança e responsabilidade local dentro dos quais as pessoas possam reivindicar o poder a que tem direito para administrar suas economias no interesse comum. Um sistema mais humano seria uma unificação pela conscientização que partilhamos o mesmo planeta.A Legitimidade da Multinacional e a Responsabilidade Social Nesse contexto se encaixa a responsabilidade social nas empresas multinacionais. Conforme Maziero, Barbeiro e Mendonça (2002) a globalização ao lado das mazelas sociais, também parece intensificar a atuação social das empresas, porque trouxe novos elementos à competitividade das empresas.
A empresa precisa ter uma reputação diante do público e dos consumidores, pois estes estão atentos ao comportamento da empresa. Resultados de pesquisa conduzida por Maziero, Barbeiro e Mendonça (2002) demonstram como competitividade entre as empresas trouxe o elemento “capital reputacional” à agenda das empresas: 67% das empresas estudadas desenvolvem projetos sociais para construir uma reputação de empresa-cidadã, isto é, que seja identificada como firma responsável pelos seus atos. Acresce a essa perspectiva, a disposição dos investidores em criar Fundos de Investimento Ético e realizar investimentos em empresas escolhidas a partir de critérios baseados em responsabilidade social. Isto denota que os critérios de competitividade não são mais restritos as características de produtos ou serviços. Ao comprar determinados produtos os clientes têm aumentado seu nível de consciência quanto às práticas das empresas, embora muito lentamente. “Numa nova ordem mundial emergente neste século XXI, as empresas são desafiadas a desenvolverem um novo comportamento estratégico, que não seja somente sob o prisma da racionalidade econômica, mas que considere, para a obtenção de vantagem mais sustentável, outras dimensões, em igual grau de prioridade, como social, política, cultural e ecológica” (Gollo e Olivo, 2002: 1). O novo comportamento estratégico de uma competitividade mais sustentável inclui não só a questão econômica, mas a capacidade da empresa de organizar suas vantagens competitivas em outras dimensões. A vantagem competitiva na dimensão ecológica esta preocupada com a relação do sistema produtivo e a preservação.
A vantagem competitiva na dimensão social esta alicerçada com a necessidade de buscar reduzir as desigualdades sociais, criando mecanismos para a geração de trabalho, renda e a inserção social, com vista à melhoria da qualidade de vida.A Responsabilidade Social das Grandes Empresas de Capital Estrangeiro A primeira parte dos resultados busca verificar como a responsabilidade social pode justificar a inserção das empresas estrangeiras no país. Aqui não se quer eximir as críticas apresentadas acima através de algumas ações sociais dessas empresas. O que se pretende é propor algumas hipóteses de caráter exploratório a respeito da responsabilidade social praticado pelas multinacionais instaladas no país. As análises da primeira parte procuram explorar a relação das empresas de capital estrangeiro e as atividades de responsabilidade social. Tomando o Guia de Boa Cidadania Corporativa (GBCE) dos anos de 2000, 2001 e 2002, foram selecionadas as empresas, estrangeiras e nacionais, classificadas como modelos. Dessas foi verificado aquelas que faziam parte da seleção das 500 maiores empresas da Revista “Exame Melhores e Maiores” dos anos de 2002 e 2001.
As empresas classificadas como modelo de responsabilidade social e excluídas da amostra foram em número de seis. Dois bancos e quatro outras empresas (Bank Boston, Banco do Brasil, Henkel, Serasa, Zanzini, ATF) foram excluídos pela falta de dados necessários para análise.As Multinacionais Modelos de Responsabilidade Social As empresas multinacionais analisadas são apresentadas na tabela 1. As três primeiras colunas da tabela apresentam a participação no Guia de Boa Cidadania Empresarial. Nas colunas de faturamento temos a posição da empresa em termos de faturamento entre as 500 maiores do Brasil e nas colunas de excelência a classificação quanto à posição entre as 15 melhores do setor que participa. Percebemos uma distribuição equilibrada da amostra. São duas empresas de capital misto, sete multinacionais e seis nacionais. Quanto ao porte dessas empresas (em termos de faturamento), se observa uma concentração das empresas estrangeiras de maior porte em relações as nacionais. Entretanto é interessante notar que uma das empresas estrangeiras se destoa do grupo das demais. A Janssen Cileg ocupa a 380o posição em 2000 e 412o em 2001. A pior posição depois da Janssen Cileg é da Samarco que caiu da 173o posição em 2000 para 205o em 2001. Importante notar que cinco dessas estrangeiras estão entre as 100 maiores empresas no Brasil. Do lado das companhias nacionais observam-se duas entre as 50 maiores. Duas entre a 100o e 200o posição e outras duas no centil acima. Apenas a Belgo Mineira, McDonald’s e Natura (duas multinacionais e uma nacional) estiveram presentes nas três edições do Guia de Boa Cidadania Empresarial. As demais empresas participaram de uma ou duas edições conforme poderá ser observado nos resultados. Outro dado que chama a atenção é que das dez maiores empresas de cada um dos principais países investidores estrangeiros, segundo “Exame Melhores e Maiores” (2002 e 2001), nenhuma está classificada como empresa modelo do GBCE. A única exceção é referente à suíça Nestlé que participou da edição do GBCE de 2001. Verifica-se por outro lado uma presença predominante da nacionalidade americana das multinacionais classificadas como modelo de responsabilidade social.
A classificação entre as melhores empresas quanto ao setor de atuação destaca uma multinacional: a Nestlé. Considerada a melhor em 2000 e 2001. Do lado das nacionais observa-se a Natura que além de ser a única nacional a participar como modelo de responsabilidade social três anos consecutivo é a única nacional. Por fim quanto aos setores em geral destaca o setor de alimentos e siderurgia. Enquanto no setor de alimentos temos a participação de duas nacionais e uma multinacional, no setor de siderurgia todas as participantes são de capital estrangeiro: duas multinacionais e uma de capital misto. Nota-se também na composição dos setores que as empresas são do ramo industrial, exceto duas empresas de serviços e uma de comércio varejista.Discussão A primeira parte dos resultados levanta uma primeira hipótese referente à comparação entre o porte da empresa e a origem do capital com a responsabilidade social. (H1) As empresas estrangeiras de maior porte (entre a primeira e centésima posição em termos de faturamento) em comparação as nacionais, se apresentam como as empresas mais comprometidas com a responsabilidade social. A cobrança dos agentes externos por projetos sólidos e uma responsabilidade social efetiva não deve ser encerrada pela simples apresentação do balanço social e investimentos sociais, culturais ou ambientais. Ações sociais de destaque e modelos responsabilidade social são uns dos vetores que legitimam e dão credibilidade e respeitabilidade às empresas multinacionais.
A participação no GBCE é digna de aplausos, até mesmo em razão dos vários competidores e de toda uma metodologia norteadora das classificações e construída pela equipe responsável pela edição. Entretanto o fim não deve ser a publicação na revista. O fim não é a comunicação ou o marketing social. O fim é a responsabilidade social. O guia não pode servir como uma peça publicitária para a divulgação dos números investidos. A empresa tem que entender que o guia e qualquer atividade de marketing social é antes de tudo um instrumento de informação para a sociedade. O marketing social verdadeiro deve ser tanto para aqueles que são o público da revista: pessoas preocupadas com o papel social dos negócios, formadores de opiniões, investidores; como também, e principalmente, deve ser para os que recebem diretamente as atitudes empresarias. Daí a importância da ação empresarial continuada e intensiva das diretrizes da responsabilidade social. A constatação que a excelência nas práticas de responsabilidade social perduraram em apenas duas das empresas de capital estrangeiro levanta pontos duvidosos à até que ponto a ação do marketing social estava embasada pela responsabilidade social. Uma segunda hipótese a ser levantada esta relacionada à análise setorial. (H2) A responsabilidade social das empresas estrangeiras se encontra mal equilibrada: concentrada num setor da economia (setor secundário) e deficiente onde sua presença seria imprenscidível em virtude da própria natureza das atividades desenvolvidas (setor terciário).
Os modelos de responsabilidade social foram principalmente empresas do ramo industrial. Ora a última década apresentou o maior incremento de investimentos externos no país, sendo que a maior parte desses investimentos foi dirigida para o setor de serviços (Lacerda, 2000).
O PIB nacional é composto por 59% de empresas do setor de serviços (World Development Report, 2002). Entretanto a predominância dos investimentos no setor de serviços também tem seu efeito reverso. A concentração de investimentos em serviços privados – comércio e bancos – ou recém privatizados – telecomunicações, transporte e energia – não dinamiza as exportações e apresenta um incremento da remessa de lucros para fora das fronteiras do país. Desse modo à exigência por responsabilidade social nestes setores deveria por sua vez ser mais efetiva para contrabalançar as desvantagens imanentes da atividade. Até mesmo como um meio das empresas responderem as diversas críticas sobre a privatização, contra argumentando que a venda do capital nacional foi apenas uma transferência de títulos. Por último, uma terceira hipótese está relacionada com a construção de competências pelas subsidiárias estrangeiras de multinacionais. (H3)
As práticas de responsabilidade social podem resultar em competências desenvolvidas nas subsidiárias estrangeiras garantindo uma maior relevância estratégica da subsidiária e maior nível de investimentos para o país. A hipótese vai contra o modelo tradicional de internacionalização de empresas que enxerga os países estrangeiros como fonte de matéria prima e mão de obra barata e como um mercado potencial a ser explorado. O exemplo do programa LIFE desenvolvido pela Alcoa demonstra uma competência desenvolvida pela subsidiária estrangeira e levada para outras unidades da corporação multinacional.
O pressuposto para uma multinacional ter relevância estratégica e para o país receber maior volume de investimento estrangeiro é o desenvolvimento de competências que possam ser utilizadas por outras unidades da multinacional.
A responsabilidade social desenvolvida pela subsidiária estrangeira além de garantir uma maior legitimidade da subsidiária no país estrangeiro, pode constituir uma competência e ter resultados benéficos tanto para a responsabilidade social da matriz e de outras subsidiárias da multinacional, como para o país que desenvolveu a responsabilidade acabando por receber maior investimentos vindos da matriz.


Considerações Finais O artigo a luz dos conceitos de responsabilidade social e marketing social estabelece a relação com a atuação das multinacionais de capital estrangeiro no país. Como resultado três hipóteses foram levantadas demonstrando a relação entre a atuação social com o porte da empresa, o setor de atuação e a construção de competências nas multinacionais. Disso pode se tirar as seguintes conclusões. Não é o marketing social que vai fazer a empresa multinacional, uma organização ética, com responsabilidade social e compromissada como uma estratégia voltada para vantagens competitivas mais sustentáveis. Ao contrário, ética, responsabilidade social e estratégias mais sustentáveis são os pressupostos para a atuação do marketing social. Sem os requisitos acima o marketing social seria apenas uma maquiagem para cobrir os erros e falhas da multinacional.
A primeiro momento pode até garantir publicidade, prêmios e certificados para a empresa. Entretanto é uma ação vazia. Os consumidores, sociedade e principalmente os movimentos organizados da sociedade, como as ONGs, cada vez mais, estão atentos e cientes desses mecanismos totalmente antiéticos e apartados de responsabilidade social. Para a multinacional um posicionamento dessa maneira apenas alimentaria mais o sentimento de exploração por parte dos consumidores e sociedade. Portanto o marketing social quando utilizado sob essas condições somente seria concebível dentro de uma racionalidade econômica, estreita, racional e totalmente alheia aos benefícios dos stakeholders e aos padrões exigidos pela sociedade hoje em dia.
Das empresas multinacionais classificadas como modelos de responsabilidade social o que se espera é que a atividade fim não seja exclusivamente o reconhecimento da ação social e mitificação da imagem de uma ‘boa’empresa. O compromisso e a continuidade da atuação responsável da multinacional é o que garantira a legitimidade e credibilidade das multinacionais.
Como também pode ser a fonte da construção de competências na subsidiária e maior relevância estratégica dentro da corporação multinacional. Entretanto mesmo com a participação de empresas multinacionais foi verificado que ainda existe muito distanciamento entre uma atuação ideal em termos de responsabilidade social se tomar todo conjunto de capital estrangeiro presente no Brasil. Assim as principais contribuições do estudo podem ser resumidas em três pontos. Primeiro, a responsabilidade social não pode ser confundida com o marketing social, pelo contrário, o marketing social deriva da responsabilidade social.
Portanto uma atuação visando apenas à imagem da empresa não se sustentaria no longo prazo.
Segundo, as práticas sociais embora utilizadas pelas empresas estrangeiras, parecem se concentrar principalmente nas grandes empresas e em determinados setores. Falta uma disseminação da prática entre as empresas que não listam entre as cem maiores de faturamento e principalmente naquelas do setor terciário. Terceiro, a responsabilidade social precisa ser encarada como uma competência e não simplesmente como um esforço empresarial para atender as necessidades do mercado. A prática da responsabilidade social uma vez que se torne uma competência única, não substituível, difícil de ser imitada e que agregue valor para a multinacional pode garantir uma maior relevância estratégica para a subsidiária do país estrangeiro e uma maior aporte de investimentos para esta subsidiária e todo o efeito secundário deste investimento na economia e sociedade do país receptor. Por fim, é importante notar as limitações desse estudo.
Como citado trata-se de um estudo exploratório e que permitiu chegar a hipóteses que precisam se aprofundadas em estudos mais detalhados. Talvez seria interessante a realização de estudos quantitativos e qualitativos – surveys e estudos de caso – abordando esse tema para que possa embasar de forma mais completa as hipóteses levantadas ao longo de texto. Desse modo norteando melhor a atuação social das multinacionais estrangeiras, assim como as diretrizes para aumentar seu nível de responsabilidade social.